O governador Ricardo Coutinho
perdeu a sutileza dos tempos de vereador e deputado, quando conseguia ser mais
convincente. Agora mesmo, mal retornou de sua viagem ao Rio de Janeiro, onde
foi usufruir as maravilhas do réveillon carioca, o governador empreendeu
expedição política a Campina, com o pretexto de livrar a cidade do lixo e dos
buracos.
E por que também não o lixo de
João Pessoa, Cabedelo, Bayeux ou Santa Rita? E por que não uma viagem ao
interior para acudir as pessoas acossadas pela seca? Ora, se o governador
tivesse todo esse amor por Campina, não teria abandonado a cidade em seus dois
anos (ou 20 anos, como se queira) de Governo. Sequer foi a Campina na recente
eleição.
Talvez imagine que as pessoas
são bobas. Claro que o campinense entendeu sua manobra. Entendeu que deixou
seus afazeres, para ir a Campina antecipar a eleição de 2014, na medida em que
tenta desqualificar seu principal adversário, a preço de hoje, o ex-prefeito
Veneziano. Se tivesse assumido essa manobra, teria sido mais decente. O
pretexto do lixo foi falta de imaginação.
Com uma rejeição monstruosa em
Campina, o governador foi pegar carona no início da gestão Romero Rodrigues e
carimbar sua parceria com o senador Cássio Cunha Lima para 2014. O lixo foi só
parte do teatro. E não nada ilegal no governador disputar a reeleição. É seu
direito. Mas, precisa ser mais sutil da próxima vez. O campinense não costuma
perdoar, quem subestima sua inteligência.
De Olho no Curimataú com Hélder Moura
De Olho no Curimataú com Hélder Moura
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