Nesta sexta-feira (17), a greve dos professores das instituições federais de ensino superior completa três meses. Na Paraíba, duas universidades começaram a paralisação das aulas no dia 17 de maio: as universidades federais da Paraíba e de Campina Grande (UFPB e UFCG). Em seguida, no dia 5 de junho, o Instituto Federal da Paraíba (IFPB) também aderiu ao movimento.
Os sindicatos das três instituições negam qualquer tipo de cancelamento de semestre, mas também não defeniram novos calendários letivos. Nesta sexta-feira, os professores da UFPB realizam uma assembleia geral para tratar sobre a continuidade do movimento. A reunião acontece às 9h, no auditório da Reitoria da UFPB.
UFPB
Segundo o Sindicato dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (AdufPB), a adesão dos docentes à greve na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) varia entre 90 e 95%. A paralisação das atividades começou no dia 17 de maio e deixa cerca de 42 mil alunos sem aula, distribuídos nos campi de João Pessoa, Areia, Bananeira, Rio Tinto e Mamanguape.
Segundo a assessoria da AdufPB, não há risco de cancelamento de período na instituição. O que está sendo pedido pelo Comando de Greve é a suspensão das atividades de pós-graduação, pesquisa e ensino à distância, que continuam acontecendo normalmente na UFPB. A AdufPB também pede à Reitoria que todas as atividades realizadas durante a greve, como aulas e provas, sejam invalidadas. De acordo com o sindicato, o objetivo é não prejudicar o aluno. Esses pedidos vão ser levados à votação em uma reunião do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) na próxima quinta-feira (23).
A questão de redefinição de calendário só será discutida quando houver um acordo. O presidente da Comissão Permanente do Concurso do Vestibular (Coperve), João Lins, o calendário do vestibular ainda está mantido.
UFCG
A paralisação na Universidade Federal de Campina Grande faz três meses nesta sexta-feira (17). Segundo a assessoria do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (AdufCG), todas as aulas estão suspensas e nenhum curso foi concluído. Ainda de acordo com a AdufCG, não deve haver cancelamento de semestre, mas, até agora, nenhum aluno foi matriculado no segundo período letivo. O calendário do vestibular da instituição está mantido.
Cerca de 20 mil alunos da UFCG estão sem aulas, conforme informou a assessoria do sindicato. Alguns estudantes da pós-graduação, no entanto, continuam tendo aula.
IFPB
No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), a greve começou no dia 5 de junho, em João Pessoa. Os outros nove campi aderiram ao movimento entre os dias 11 e 18 do mesmo mês.
Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica e Tecnológica (SintefPB), Vânia Medeiros, a adesão à paralisão é de 100% nos 10 campi do IFPB. Assim como as outras instituições federais de ensino superior na Paraíba, o Instituto também não discute ainda mudança de calendário.
No entanto, para Vânia, a reposição das aulas é um compromisso histórico da categoria e deve acontecer. Mudanças no calendário de vestibular também só serão discutidas após um acordo com o Governo Federal.
Do G1
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